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Mostrando postagens de janeiro, 2011

De sentir-se livre

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Numa dessas noites inquietas, em que a insônia e mil e uma dúvidas resolveram dividir a cama comigo, amanheci me questionando sobre o ato de sentir-se livre. Afinal, o que é liberdade? Achei engraçado, quando certa vez escutei alguém comentando indignado : "Não quero perder minha liberdade quando me casar!" No momento, fiquei sem entender nada, e aquilo ficou ecoando à minha volta. Normal, pois tudo que não compreendo, me persegue, feito sombra me acompanha em todos os lugares. Não consigo acreditar nessa teoria de "perder a liberdade". Só se perde o direito de ser livre, quem ainda não entendeu a essência da vida. Afinal, me conforta a idéia de que "A verdadeira liberdade é um ato puramente interior, como a verdadeira solidão: devemos aprender a sentir-nos livres até num cárcere, e a estar sozinhos até no meio da multidão". Todos os dias quando acordo, sinto-me livre para escolher quem vou ser. Dentre uma infinidade de opções, posso escolher qualquer u

Vicky Cristina Barcelona

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Ontem aproveitei o entardecer preguiçoso de uma segunda-feira chuvosa, para assistir "Vicky Cristina Barcelona", de Woody Allen. Enquanto saboreava sem pressa, uma sopa de legumes com bastante queijo ralado, acompanhava atenta o desenrolar da trama. O filme tem como protagonistas as duas amigas Vicky (Scarlett Johannson) e Cristina (Rebecca Hall), a narrativa envolve a dualidade de valores, comportamento e filosofia de vida dos personagens, tendo como cenário principal a belíssima cidade espanhola: Barcelona. Como é de se esperar, Woody faz uma comédia romântica nada romântica, onde seus personagens estão fadados à solidão, à loucura ou ao tédio. Me apaixonei pela personagem interpretada por Penélope Cruz, incrivelmente sedutora e insana - Maria Elena - me pareceu a mulher mais interessante do filme. É ela quem, brilhantemente define, um mal que há tempos eu buscava entender - insatisfação crônica. O termo caiu como uma luva! - Você não entende? Já conseguiu o que queria. Que

Quintas de Introspecção

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Os dias de quinta-feira, pra mim, sempre são assim...meio down . É o dia da semana, que tiro para fazer aquela faxina mental: rotular sentimentos, rever atitudes, jogar fora o que não serve mais, pesar e classificar fatos. Tarefa difícil! Em baixo do tapete do dia-a-dia, encontro tantas palavras que não foram ditas, escolhas que não foram feitas, idéias insanas e desejos descabidos - de monte. Tropecei em uma caixa, que, estranhamente, estava no centro da sala. Com muito esforço, arrastei-a para o canto. Coberta de pó, informava a etiqueta: "Sonhos". Há um bom tempo, não me sentava junto a ela. Depois de contar um por um, me espantei ao ver que nem todos estavam ali. Pensei com meus botões : Ora essa! Quem ousaria roubar sonhos? Hoje em dia, com cada louco que tem por aí, tudo é possível! Confesso que fiquei triste, mas preferi achar que eles deveriam estar escondidos em algum outro lugar, ou talvez, eu mesma guardei-os em outra caixa. Vai saber? ps: Faxinei ouvindo "Th

Pão de Cenoura

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Devo confessar, que ultimamente tenho me divertido horrores na cozinha. E por conta disso, engordei 3 quilos. Ontem, em plena 22:15 da noite, estava fazendo um pão de cenoura. E até que ficou bom ;) Estou postando a receita, que achei aqui : Ingredientes 1 tablete de fermento para pão 5 colheres (sopa) de açúcar 500g de cenoura cozida 2 colheres (sopa) de margarina 3 colheres (sopa) de óleo 3 ovos 4 xícaras (chá) de farinha de trigo Modo de Preparo Misture o fermento e o açúcar até obter uma pasta, passe para um recipiente e reserve. Bata no liquidificador as cenouras, a margarina, o óleo e os ovos até a mistura ficar homogênea. Junte essa mistura ao fermento, adicione aos poucos a farinha de trigo e sove até obter uma massa lisa, homogênea e que desprenda das mãos. Sove bem a massa. Se necessário acrescente mais farinha de trigo. Modele os pães e disponha-os em formas grandes untadas, cubra com um pano de prato seco e deixe descansar até dobrar o volume. Asse o

Botecando com Chico Buarque

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Ele: Quem te viu, quem te vê!!! Eu: Chico! Que prazer te encontrar! Ele: Meu caro amigo me perdoe, por favor se eu não lhe faço uma visita. Eu: Isso é verdade, hein? Nunca mais você apareceu lá casa pra comer um churrasco e jogar conversa fora. Ele: Tô me guardando pra quando o carnaval chegar. Eu: Sei...Sei (rs). Mas diz aê, me conta as novidades!!! Ele: Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu... Eu: Que isso, Chico! O que aconteceu? Ele: Foi assim...Eu tinha alguém Que comigo morava Eu: Hummm, certo. Mas e daí? Ele: Minha mulher fugiu com o dono da venda.O que será de mim ? Eu: Mentira! Mas que barbaridade!!! Ele: Fui muito fiel, comprei anel, botei no papel o grande amor. Eu: Poxa, Chico! Que situação hein! Mas vocês estão se falando? Ele: Hoje a gente nem se fala mas a festa continua Eu: (rs) Tá certo, então vamos beber uma pra esquecer ! Ele: Serve mais um vinho... Eu: É isso aí! Não há mal que a bebida não cure. Ele: Amanhã há de ser outro dia. Eu: Com certeza,

As vezes...não sei ser phyna.

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"Não sei ser contida, discreta. Brigo em voz alta, rio em voz alta, sinto em voz alta. Sou feita de barulho e de verdade. Murmúrio não faz parte de mim e quem não gostar, que tape os ouvidos." (Renata Fagundes)

A música é a sobremesa da vida ^^

Minha companhia (especial) para esta Quarta-feira, nublada.

Encerrando ciclos e abrindo novas portas

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E 2010 se foi, deixou para trás dias ensolarados de alegria, mas também, algumas noites vazias. Fiz uma breve retrospectiva da minha vida, em 2010 ... - Tive a incrível idéia de criar este blog, pois assim posso desabafar minhas inquietudes, teorias, estórias e afins. Deixo aqui, um pouco de mim. - Mandei escrever em uma pequena placa de bronze, os versos que meu pai certa vez me disse. E depois de percorrer 1.400 km, coloquei-a ao lado da foto em preto e branco, no centro do túmulo de mármore, conforme havia combinado. - Na estrada, a morte resolveu me encontrar. E por errar a foiçada, esse ano irei comemorar dois aniversários. Afinal, não é todo dia que se nasce novamente. - Chorei de rir quando me vi dirigindo pela primeira vez, e chorei de dor, pouco antes de descobrir que aquele mal que há tempos, me afligia, tinha nome: gastrite nervosa. - Terminei, enfim, a minha Pós-Graduação. Consegui escrever e entregar a tempo, 160 páginas de um trabalho, particularmente, gratificante. Dedi