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Das tempestades e eternos recomeços

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Hoje faz 2 anos e meio que não escrevo nada. Está sendo difícil estar frente a frente com  meus antigos textos, relembrando quem eu sou. Meus textos, muitas vezes desabafo, são os  meus muitos “eus” que me fazem sentir viva. É nesse pequeno intervalo entre teclas inquietas  e pensamentos esvoaçantes que eu sinto pulsar, dentro de mim, uma inquietude que cria. Sempre me cobrei a tal força criativa, aquela que tanto vejo em minha irmã, que dá vida em  tudo que toca. Ela é maravilhosa! Pinta, desenha, cria. A veia da arte, sempre foi parte  daquela menina mulher que eu tanto admiro.  Mas, eis que hoje, talvez pela lua estar em  peixes, resolvi voltar a escrever. E escrever para mim, sempre foi como uma terapia. Sou eu  e a intimidadora tela em branco do notepad, aguardando ser preenchida com palavras que  transbordam quando o coração pulsa.  No entanto, depois de todo esse tempo, me perguntei por muitas vezes o porquê da minha ausência.  Me descobri quieta e indiferente, s