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Mostrando postagens de março, 2010

O estranho que passava

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Sabe aqueles dias em que você acorda atrasado, tropeça no chinelo que estava estrategicamente jogado no meio da sala, derrama leite com café (quente) na única camisa passada, pega todos os sinais fechados na ida para o trabalho, e como se não bastasse o dia segue nesse ritmo frenético de azar? Então, certa vez, acordei assim. Tudo apontava para mais um dia de cão: calor infernal, trânsito engarrafado, relatórios atrasados, noticias ruins chegavam sem avisar e a única coisa que eu queria era que o dia terminasse...logo. E naquele fim de tarde, eu estava no meu limite. E olha que não é sempre que eu aceito fazer tal afirmação. Na volta para casa, depois de ter perdido a carona, o pesado fardo de um péssimo dia me arqueava as costas e entre passos descompassados eu pensei com meus botões: "Não falta acontecer mais nada!" E então começou a pingar, a famosa chuva de verão. Enquanto algumas pessoas procuravam desesperadamente algum abrigo, eu... se quer me arrisquei a andar mais rá

Copo vazio?

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Depois de observar atentamente meu copo vazio por mais de 30 segundos numa mesa de bar - fato que provocou um certo ar de estranhamento entre meus amigos - concluí que o vazio por sí só, não esta só. E lembrei de um trecho de uma música que diz tudo. "É sempre bom lembrar Que um copo vazio Está cheio de ar. Que o ar no copo ocupa o lugar do vinho, Que o vinho busca ocupar o lugar da dor. Que a dor ocupa metade da verdade, A verdadeira natureza interior." E o seu copo vazio está cheio do que?

On this harvest moon...

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Ultimamente tenho andado mais pensativa que o normal. Tirei alguns dias para desempoeirar os cantos esquecidos da alma, juntar cacos, rotular e classificar sentimentos, pesar atitudes, rever conceitos e tentar agregar valores a tudo isso. Aproveitei a ótima fase lunar p/ fazer essa faxina mental. Quanta coisa se acha perdida nas entrelinhas do tempo...palavras que não foram ditas estavam espalhadas por todo canto, encontrei mágoas escondidas debaixo do tapete, nas gavetas haviam flashs distorcidos de momentos de alegria e centenas de quadros em branco sem molduras enfeitavam o corredor principal. No meio de toda essa bagunça, minha atenção se voltou apenas para o solitário vaso de flores secas, estratégicamente posicionado no centro da sala. E aquele cenário e toda a sua reprensentação me fez perguntar quem estava habitando aquele lugar...ou até mesmo, se havia alguem que alí morava. Sinto minha falta. ps: ouvindo Neil Young

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Para que servem os anjos? A felicidade mora aqui comigo Até segunda ordem Um outro agora vive minha vida Sei o que ele sonha, pensa e sente Não é por incidência a minha indiferença Sou uma cópia do que faço O que temos é o que nos resta E estamos querendo demais (Legião Urbana - Montanha Mágica) status: mais atarefada que o normal =/