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Mostrando postagens de setembro, 2010

Running with Wolves

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Tenho vagado pelos cantos empoeirados no silencio da madrugada. Perdida e cansada, me deixo guiar pelo meu instinto aguçado. Entre sombras e pegadas, percorro cuidadosamente trilhas desconhecidas. Por não saber a hora de mostrar os dentes afiados, sigo atenta. Sempre alerta. Sempre pronta a defender meus princípios, valores e meus amores. Tenho sentido falta do vento bagunçar meus cabelos, do olhar perdido no horizonte que tranquiliza a mente aflita. Tenho sentido falta da lua e do desejo de uivar minhas angústias e algumas verdades. Sinto falta da chuva, da voz rouca dos trovões, que alimentam a minha alma. Vez ou outra, sacudo os ossos para tirar a poeira do dia a dia, que se acomoda sem que a gente perceba, e que aos poucos, cobre cicatrizes e feridas. Afinal, se estão gravadas em nossa pele ou em nossa alma, por algum motivo devem ser lembradas. E por vagar inquieta, aprendi a enxergar na escuridão e não temer à tempestades. Embora, há dias em que o cansaço sobrecarregue os ombros,

A despedida

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Dedico esta canção para um amigo que partiu,...cedo demais. (...) Vai com os anjos Vai em paz Era assim todo dia de tarde A descoberta da amizade Até a próxima vez... É tão estranho Os bons morrem antes Me lembro de você E de tanta gente que se foi Cedo demais! E cedo demais... Eu aprendi a ter Tudo o que sempre quis Só não aprendi a perder E eu que tive um começo feliz... Do resto não sei dizer Lembro das tardes que passamos juntos Não é sempre mais eu sei Que você está bem agora Só que neste mundo O verão acabou. Cedo demais!
"É inverno no inferno e nevam brasas" cof...cof...tentando sobreviver no meio de tanta fumaça... =/
"A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial." ( William Shakespeare)

Bad Dreams

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Não teve ovelhinhas o bastante para eu contar ontem, antes de dormir. Lembro de ter contado umas 400 ... e tô aqui, puro um zumbi. Péssima noite. =/

Sapatos Vermelhos

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Enquanto efetuava o pagamento do meu mais novo par de sapatos vermelhos (sim, eu adoro vermelho) lembrei disso: "Existe uma história ilustrativa contada por velhas a respeito das aflições da mulher esfaimada e braba. Ela é conhecida pelos títulos diversos de "As sapatilhas do Diabo", "Os sapatos ardentes do Diabo" e "Os sapatinhos vermelhos". Hans Christian Andersen escreveu um conto de fadas baseado nessa antiga história, dando-lhe este último título. Como um verdadeiro contador de histórias, ele envolveu o enredo básico com uma boa parte da sua própria inteligência e sensibilidade étnica, mas o esqueleto da história é o mesmo. Segue-se uma versão germânico-magiar que minha tia Tereza costumava nos contar quando éramos crianças. Na sua versão da história, ela sempre começava dizendo: "Olhem para seus sapatos e agradeçam por eles serem sem graça... porque é preciso que se viva com muito cuidado quando os sapatos são vermelhos demais.&

O riso

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Os carros entupiam as ruas, o sinal estava fechado, não se via e não se ouvia nada. Só a pesada fumaça do mês de Agosto e as estridentes buzinas dos carros. Mas ela ria de algo que eu não entendia. Sentada frente ao volante do carro, gargalhava sozinha para a vida ou para ela mesma, vai saber. Era uma alegria incontida, daquelas que faz a gente parecer louca, quando observada de longe. Ela ria com todos os dentes, ria de chorar, ria como se ninguem estivesse vendo. Era um riso de liberdade. Parecia ter descoberto algo que há tempos estava alí, guardado. Era ela, que se descobria.