O riso



Os carros entupiam as ruas, o sinal estava fechado, não se via e não se ouvia nada. Só a pesada fumaça do mês de Agosto e as estridentes buzinas dos carros.
Mas ela ria de algo que eu não entendia. Sentada frente ao volante do carro, gargalhava sozinha para a vida ou para ela mesma, vai saber.
Era uma alegria incontida, daquelas que faz a gente parecer louca, quando observada de longe.
Ela ria com todos os dentes, ria de chorar, ria como se ninguem estivesse vendo. Era um riso de liberdade. Parecia ter descoberto algo que há tempos estava alí, guardado.

Era ela, que se descobria.

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