Running with Wolves



Tenho vagado pelos cantos empoeirados no silencio da madrugada. Perdida e cansada, me deixo guiar pelo meu instinto aguçado.
Entre sombras e pegadas, percorro cuidadosamente trilhas desconhecidas. Por não saber a hora de mostrar os dentes afiados, sigo atenta. Sempre alerta. Sempre pronta a defender meus princípios, valores e meus amores.

Tenho sentido falta do vento bagunçar meus cabelos, do olhar perdido no horizonte que tranquiliza a mente aflita.
Tenho sentido falta da lua e do desejo de uivar minhas angústias e algumas verdades.
Sinto falta da chuva, da voz rouca dos trovões, que alimentam a minha alma.

Vez ou outra, sacudo os ossos para tirar a poeira do dia a dia, que se acomoda sem que a gente perceba, e que aos poucos, cobre cicatrizes e feridas. Afinal, se estão gravadas em nossa pele ou em nossa alma, por algum motivo devem ser lembradas.

E por vagar inquieta, aprendi a enxergar na escuridão e não temer à tempestades. Embora, há dias em que o cansaço sobrecarregue os ombros, continuo a correr com os lobos. É isso que me mantém viva, que mantém acesa a pequena chama da vida.

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