Partir...


Dos dias que se passaram sem contar, ficou apenas o imenso vazio na alma.
Uma dor que o tempo não se encarregou de carregar.
Certa vez me perguntaram quanto tempo durou para que eu pudesse me conformar com tal perda, como se a vida nos permitisse definir prazos de validade para esses sentimentos que seguem eternamente inquietos.
A vida tende a seguir seu ciclo natural com o passar do tempo, mas o que fazer com as palavras que não foram ditas, com os planos que foram desfeitos pelo destino incerto, com as lágrimas que insistem em verter quando lembro de ti?
Sim...fica a saudade e a dor de um silêncio que nada preenche.


"Partir não é só dizer adeus e ir embora.
É, preciso fazer as malas, consolar quem chora.
Se não bastar e houver demora
Não te desespere ou saia por aí à fora.
De tempo ao tempo, agradeça a Deus
E espere a hora"

Comentários

  1. Voltamos ao tema do adeus... e eu tenho que insistir na tese da necessidade da dor nas partidas , isso inclui o que fica como a saudade e a dor de um silêncio que nada preenche, para a alegria do reencontro. E o reencontro é inevitável para os que amam. A paciência é o remédio salutar para esse período de tempo que vai da despedida ao reencontro.

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  2. Minininha, não há fim... há só mudança, e um intervalo até a volta. Até lá, vale esta lembrança boa que ficou, vale aquilo que, mesmo não dito, se sabia de bonito, de útil, de exemplo.

    É quando a gente vê os traços deste que foi na vida da gente, nas nossas atitudes, no que fazemos. No que aprendemos, inclusive, a repassar - da mesma forma que um dia nos foi repassado.

    um bjão e um carinho,
    Ricardo.

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