Lost in Translation
Por recomendação de um querido amigo, assisti há algum tempo o filme Lost in Translation ( traduzido aqui no Brasil como "Encontros e Desencontros" e também como "O amor é um lugar estranho"). Produzido por
Sofia Coppola, o filme foge do clichê dos romances hollywoodianos,
conseguindo abordar de uma forma sensacional e ao mesmo tempo sutil,
temas tão complexos: escolhas, acaso, solidão, crises matrimoniais e o peso de um vazio emocional.
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E ainda conta com a participação da gatíssima Scarlett Johansson. ^^ |
Tudo isso é retratado de forma tão interessante que é impossível não se identificar com o slogan do filme: "Everyone wants to be find". O cenário escolhido, um hotel em Tóquio, expõe as diversas características de um mundo globalizado. O avanço tecnológico e o capitalismo ocidental ressaltam também os aspéctos artificiais de uma grande metrópole, em algumas cenas isso chega a ser cômico.
É neste contexto, que dois estranhos se "encontram". A essência do encontro de dois universos e seus desassossegos, do sentir-se só em uma multidão, e do imenso vazio e inquietudes que movem suas vidas. Em nenhum momento a relação entre os dois "evolui"
para algo mais caliente, se é que vocês me entendem. O encontro
trata-se da busca de sí mesmo, uma relação autenticamente emocional, onde um faz parte do "vazio" do outro e de certa forma, o modifica.
Esse filme me faz recordar das pessoas que passaram pela minha vida,
dos encontros e desencontros de mim mesma. Quantas vezes nos achamos no
vazio de um outro alguém, e nos sentimos vivos por estar ali ?
Não vou contar o filme, mas uma pergunta não quer calar: Alguém sabe o que ficou perdido na tradução?
ps: ao som de Placebo - Special Needs
...este filme é 'do coração', siminininha. De tempos em tempos eu o revejo - e quase sempre descubro algum (bom) detalhe/pensamento novo. :)
ResponderExcluirabração,
Ricardo.
verdade Ric... é um filme e tanto ;) obrigada pelo presentão - me apresentar essa preciosidade !! smack
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